Oppenheimer: Tudo que já sabemos sobre o filme do ‘pai da bomba atômica’
Oppenheimer, um dos mais esperados filmes do ano, resgata a trajetória do homem que ficou conhecido como ‘pai da bomba atômica’
Fonte: Aventuras na História
Chegando aos cinemas mundiais na próxima semana ‘Oppenheimer’ é, sem dúvidas, um dos mais aguardados filmes do ano. Do aclamado diretor Christopher Nolan, o filme reproduz a intrigante história do Projeto Manhattan e a tétrica criação da bomba atômica através do trabalho do físico J. Robert Oppenheimer.
“Físico americano, Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) era um estudioso. A frente do Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica, o cientista sabia do poder de destruição que estava criando. Apesar de sua mente brilhante prever o impacto, a história da humanidade nunca mais foi a mesma após a explosão nuclear, em Hiroshima, Japão, durante a Segunda Guerra Mundial”, detalha a sinopse do filme, que chega aos cinemas em 20 de julho.
Com Cillian Murphy no papel principal, o filme conta com nomes famosos: Robert Downey Jr., Emily Blunt, Matt Damon, Rami Malek e Jack Quaid. Com esse elenco em peso, a ansiedade pode aumentar ainda mais. Pensando nisso, separamos as principais informações já reveladas sobre o filme de Nolan.
- Duração Um fato já revelado sobre ‘Oppenheimer’, é que agora ele se tornou o mais longo já feito por Christopher Nolan e superou ‘Interestelar’, lançado em 2014. Com cenas eletrizantes, o filme terá impressionantes 2 horas e 49 minutos.
“É um pouco mais longo do que o filme mais longo que já fizemos. São quase três horas de duração”, explicou Nolan em entrevista à Total Film.
- Mudança de cores O filme sobre o ‘pai da bomba atômica’ apresenta cenas coloridas e em preto e branco. Se engana, entretanto, quem encara essa informação apenas como uma decisão de ‘estética’.
“Escrevi o roteiro em primeira pessoa, coisa que nunca tinha feito antes. Não sei se alguém já fez isso, se é algo que as pessoas fazem ou não… O filme é objetivo e subjetivo. As cenas coloridas são subjetivas; as cenas em preto e branco são objetivas. Escrevi as cenas coloridas na primeira pessoa. Então, para um ator que lê isso, de certa forma, acho que seria bastante assustador”, disse Nolan em entrevista à Total Film.
- Cientistas reais Para ser fiel à história do físico J. Robert Oppenheimer, o diretor fez questão de contratar cientistas de verdade como figurantes no filme. A informação foi revelada por Nolan durante entrevista ao Entertainment Weekly.
“Estávamos em Los Alamos de verdade e tínhamos vários cientistas reais como figurantes,” explicou o diretor. “Precisávamos de uma multidão de figurantes para reagir e improvisar. Conseguimos improvisos e discursos muito divertidos de se ouvir.”
Então, o diretor explicou a importância de ‘ser fiel’ a história que está apresentando ao público.
“Já estive em sets com vários figurantes que estavam pensando mais no almoço. Esses caras [cientistas figurantes] estavam pensando nas implicações geopolíticas das armas nucleares e sabiam muito sobre isso”, disse ele. “Isso serviu como um ótimo lembrete para todos os dias: precisamos estar dentro do nosso jogo, precisamos ser fiéis à história e realmente saber o que estamos fazendo”.
- Aprovação O filme que chega aos cinemas na próxima semana é inspirado na biografia “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer”, lançada no mercado internacional em 2005. E para a alegria de muitos, o longa recebeu a aprovação de Kai Bird, historiador e um dos escritores da obra.
Em entrevista ao Institute for Advanced Study, ele disse que estava se ‘recuperando emocionalmente’ após ter assistido ao filme, caracterizado por ele como uma ‘conquista artística impressionante’.
“Estou, no momento, atordoado e me recuperando emocionalmente de tê-lo visto. Acho que será uma conquista artística impressionante e espero que realmente estimule uma conversa nacional e até global sobre as questões sobre as quais Oppenheimer estava desesperado para falar – sobre como viver na era atômica, como viver com a bomba e sobre o macarthismo – e sobre o que significa ser um patriota, e qual é o papel de um cientista em uma sociedade encharcada de tecnologia e ciência, para falar sobre questões públicas”, disse o escritor.
- Final complicado Durante entrevista ao Wired, o diretor, quando questionado, refletiu sobre o final de seus filmes, que contam com um tom pessimista. Nolan não discordou do que foi dito, repercute a Rolling Stone Brasil. “Quer dizer, o fim de A Origem, é exatamente isso. Há uma visão niilista desse final, certo? Mas também, ele se mudou e está com os filhos,” afirmou o diretor.
“A ambiguidade não é uma ambiguidade emocional. É intelectual para o público.” Nolan também falou sobre a ‘relação’ que enxerga no final de A Origem e Oppenheimer. “É engraçado, acho que há uma relação interessante entre os finais de A Origem e Oppenheimer a ser explorada. Oppenheimer tem um final complicado. Sentimentos complicados”, disse ele.
O diretor afirmou que: “A história de Oppenheimer é toda feita de perguntas impossíveis,” disse ele. “Dilemas éticos impossíveis, paradoxo. Não há respostas fáceis na história”.
- Computação gráfica O diretor também revelou um fato muito curioso: o filmenão usou computação gráfica para dar vida as cenas que recriam os testes atômicos do Projeto Manhattan. Em entrevista ao Collider, Nola afirmou que o filme tem ‘zero tomada de CGI’.
Em entrevista anterior à Total Film, ele também discutiu sobre ter recriado o teste Trinity. O episódio, ocorrido no ano 1945, fora responsável por representar a primeira detonação da arma nuclear. De acordo com Nolan, foi um ‘desafio imenso’. Ele afirmou que Andrew Jackson, supervisor de efeitos visuais, enfatizou que “procurou maneiras de fazer todos os elementos do filme de forma prática, das representações de dinâmica quântica e física quântica ao próprio teste Trinity (…) — foram muitos desafios práticos”.